História

As primeiras notícias de Eiras, remontam ao tempo dos romanos, 641 a 643, cuja presença era patente nalguns marcos quilométricos existentes na antiga estrada romana que, passando por Eiras, ligava Coimbra a Santiago de Compostela. O primeiro foral foi atribuído por D. Afonso Henriques, no princípio do segundo terço do século XII, quando da criação da paróquia de Santa Cruz, que a dotou com a Herdade de Eiras. Posteriormente D. Dinis, em 1306, chamou novamente à coroa a localidade de Eiras, para mais tarde a trocar, pela terça parte da Vila de Aveiro, pertença do Convento de Celas.


No século XVI, deveria ser já uma povoação importante, pois a pedido real, foi solicitado que fossem coligidos os documentos e apontamentos necessários, afim de lhe ser passado foral. Por várias vicissitudes, tal nunca veio a acontecer. Sabe-se, isso sim, que pelas suas características de tranquilidade e de beleza natural, foi muitas vezes escolhida pela fidalguia, para descanso sazonal, com destaque para o Rei D. Dinis e sua Esposa, Rainha Isabel de Aragão, que ali passavam alguns períodos de descanso das suas tarefas, no local, ainda designado por Paço.
Ainda hoje, no núcleo central da Freguesia, verificando a traça de alguns edifícios, se podem encontrar testemunhos, da atractividade exercida junto da classe mais elevada da sociedade, que aqui construía as suas casas de repouso.
Devido a esse estatuto de lugar privilegiado, foi Vila e Sede de Concelho, entretanto extinto por decreto de 6/XI/1836, tendo na data sido integrada no concelho de Coimbra.
Artesanato
Cestaria
A cestaria é a mais antiga forma de artesanato praticada pelo homem tendo sido antecedida apenas por uma manufactura de cordas obtida com o entrelaçar e torcer de elementos vegetais, a matéria-prima por excelência desta forma de artesanato.
A estes materiais estão, por regra, associadas regiões com uma rede hidrográfica abundante ou até mesmo zonas pantanosas.
No caso de Eiras é exactamente a rede hidrográfica abundante, visível pelos numerosos furos de água, assinalados quer por noras quer por motores de regas, que proporciona a existência na freguesia desta ancestral arte.
Gastronomia
Constituem autênticas delicias os pratos e sobremesas confeccionados ao longo dos tempos em Eiras e dos quais destacamos os seguintes:
- Chanfana;
- Caldo do Espírito Santo;
- Pataniscas;
- Broa de Milho;
- Sardinha e Carapau de Escabeche;
- Bolos de Massa Sovada;
- Arroz Doce;
- Leite Creme;
- Bolo Conforto;
- Bolo Melindre;
- Bolo de Mel e Noz;
- Filhoses, Etc.